domingo, 26 de maio de 2013

Felicidade Comprada

Me protejo desse mundo
Me trancando dentro dessa mente confusa
Mesmo se essa dor for consciente
Não eh motivo pra se tornar latente
Meu coração já não bombeia só o sangue!!

Não vejo mais o mundo com olhos de criança
Faco pelo bem que provemos
O amor que então queremos!
E eh a solidão que nos eh destinada?
Não vejo mais o mundo com os mesmos olhos de criança!

A criança que antes chorava
Hoje ri deliberadamente entre as bitucas de cigarro
Em meio ao cheiro de cachaça e nicotina..
Ele ri.. gracas a sua felicidade comprada!

William DuArte 26/05/13

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Pagliacci

O palhaço declama suas dores em uma folha já escrita
Ele via sua alma lhe deixando, observando o tempo passar
Uma alma que penumbra no vazio do seu coração
Um homem maquiando sua dor

A meia noite as cortinas se fecham, A plateia se desperça
O Palhaço observa Quem lhe observava
E pergunta a si mesmo se tudo aquilo valia apena!
O Palhaço conta sua ultima piada!
E la no fundo, bem no fundo de sua alma
Escutasse inúmeras gargalhadas!

William DuArte 18-10-12

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Em Meio A Selva Dos Meus Lamentos

As arvores queimando em meio a trilha de lagrimas
Onças dos meus medos sangrando.
Vermelho sangue que escorre dos meus pulsos
Verdades conduziram minhas angustias

Vermelho sangue que escorre dos meus olhos
De longe é um milagre confirma quem lhes fala
Nem a trilha ou a onça encontrei!
São tantos papeis espalhados pelo chão do quarto
Para absorver todo aquele sangue derramado
Tudo isso para não deixar uma impressão errada ao comprador
(Nem pude ver o pardal)

Vermelho sangue que escorre da minha garganta
Não se trata de amor nem se quer de esperança
São minhas dores formadas pelo tempo.
Não se recomponha, simplismente chore!!
E não se deixe chegar a mim!
(Nem pude ver o corvo)

Vermelho sangue em minhas mãos
Foi tao rápido que não pude controlar
Eu queria ver tudo acabar\
Queria ir como um herói
E só consegui partir como um covarde
Sempre pude ver aos anos o meu fim chegar


William DuArte #2006#

Palco De Estrada

Quando ele se olhou no espelho essa manha
Teve uma ideia, um sonho que lhe deixou conduzir
O levou do céu ao inferno, em sentimentos e atitudes..
Do alto ao chão e se viu em todo o lugar.
Se deixou amar e aprendeu tudo o que podia.
"No silencio da noite pode se ouvir chorando
No amanhecer do dia seguinte, ainda entorpecido
Cria melodias, para cancão que componha para sua amada"
E segue o seu dia...

Um mal entendido ocorre no outro lado da rua
E ele segue assoviando a cancão que criara para sua amada
Assustado ele para e vê que o observam cantar!
Ele cheio de orgulho se envaidece
E logo arruma um violão.
"Ele que é o rei de SI quando quer
Quando perde o medo de expor sua presença
Ele esquece que o tudo existe
Pois só lembra da cancão que fez para sua amada"

E ao dia que é tomado pela noite
O rapaz segue a avenida da vida
Para seu próximo palco de estrada
(Ele que quando foi derrotado
Erguia-se em sua derrota)

E por mais uma vez se encontra chorando
Pela manha melodias...
E segue cantando pela a estrada da vida
A cancão que fez para sua próxima amada!

William DuArte #2005#

O eco que prolonga o adeus.

Deixei ao mundo um grito e um ponto:
Ponto que encerra todo fim de frase
Que da fim a um assunto
Que termina uma descrepancia
Que se coloca ao fim de nossa pobre vida
O ponto narrando um fim
Deixado de forma sádica (agonia)

Esse momento encerrado por um ponto...
... forjado de lagrimas e risadas!!
É descrito para simplificar
As nações destruídas
E o suicídio de um Rei!

Um grito dei ao mundo
E só pude ouvir meu próprio eco
Não soube como me impor\
Deixei um grito mudo
Deixei de acreditar no que seria..
Me encontro no canto do quarto
E ninguém lamentou
Deixei então esse papel
prolongando o meu eco que diz:
            ADEUS.

William DuArte #2005#

Apenas mais um covarde

Perdido entre paredes de puro linho
verdades tao falsas quanto todo resto
eu via a mentira, e tentava convence-la
via o seu sorriso e me esquecia
um inocente decapitado dentro de seus pesamentos

eu via toda essa merda exposta diante dos meus olhos
tentava acreditar que isso acontecia a qualquer um
mas vendo como os outros vivem, vi que era só comigo
não me encaixo em parte alguma..

meus pais estão na sala ao lado
e com lagrimas escorrendo dos meus olhos
sou incapaz de encara-los
ninguém realmente me entendera
eu só queria me sentir bem..
mas sei la, talvez isso não seja pra mim
sou apenas mais um covarde
criando coragem para dizer Adeus!

sábado, 11 de agosto de 2012

Ecos De Um Corpo Vazio

É por entre essas paredes vazias
Que meu penar conhece seu igual
É por estar entre os soluços
Que o ar já não chega aos meus pulmões
É por acreditar em mim
Que não consigo mais continuar

Não sonhe com o amanhã se nunca existiu um hoje
Não perca suas forças, mesmo não havendo um caminho
Ninguém chorara por suas dores
Nade em suas lagrimas ate um horizonte
Mesmo se esse parecer distante, continue
Mesmo se afogastes, engula suas lagrimas
Ninguém chorara por seu fracasso!

Escutara ecos de um passado
Verás lembranças de um futuro
E sentira o gosto amargo desse presente!


William DuArte 11/08/12